“Desculpe-me por sonhar. Mas será somente mais uma noite, eu prometo.”
Ao se deitar em sua cama, pôde perceber de como ela ficara fria e triste sem as madrugadas em que ela deveria ter dormido lá, e ao em vez disso, vagava pelos cantos da casa como se fosse condenada a não dormir.
Ela não estava imune de pesadelos, assim como os outros. Só necessitava de um apanhado de sonhos bons para compensar o temor que houvera na noite passada. Não poderia culpar-se por sempre querer algo que estava além do que sua imaginação poderia criar, ou poderia? Na verdade, deveria.
O ultimo flash de luz entrara pela janela antes de ser fechada. A madrugada inquieta do lado de fora não teve capacidade suficiente pra retirar o sono e a vontade de sonhar pela última vez, dela.
Mesmo sem o brilho do luar refletido no chão pelos vãos da janela, ela pôde descansar sua mente e por em prática, uma fantasia longínqua. Onde alguém que ninguém poderia desvendar, andava rondado de garotas fisicamente, mas no pensamento, ele estava tão sozinho quanto ela. Ninguém podia controlar as atitudes dela e foi assim que, ela correu em volta de seus pensamentos e chegou aos dele, de uma forma inexplicável.
Foi um segundo repentino que mudou o rumo de seus próprios pensamentos, as ondas se tornavam tsunamis e as pessoas continuavam intactas, exceto por ela. O vento levara-o pra longe, até mesmo onde seus olhares seriam impossíveis de encontrá-lo. Era como se uma força extraordinária escolhesse apenas eles pra sofrerem, pra enfrentarem algo que talvez seus próprios corações nem soubessem o que fosse, só saberia que iria doer, e muito.
Ela acordou, vagou novamente pelos cantos até que seu corpo não aguentou mais se manter de pé, ela recostou-se nas paredes e desejara dormir mais uma vez, nem que fosse a ultima delas. Não se sabe ao certo se o seu desejo realizou-se, só sabe que tudo acabou em pesadelo.
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