9 de mar. de 2010

love can change everything

Parte IV.
- Alõ?
- Keth?
- Seth?
- Oi!
- Que saudades. - Keth mudara seu tom de voz, a vontade de chorar não pode ser contida, e uma lágrima começara a cair -
- Desculpa por não atender aquele dia, eu estava realmente muito mal do estômago, se é que me entende.
- Tudo bem, eu entendo. Mas como tá ai?
- Chato é claro, não tem ninguém pra andar na escola, e minhas tardes são vazias. E aí?
- Horrível. A casa é maravilhosa, a cidade então, não tenho palavras. Mas nada é completamente belo sem você!
- Fica calma, e a escola?
- Não começara ainda, só amanhã. Estou com muito medo Seth, eu não quero ir. - Keth demonstrara medo em suas palavras -
- Vá, vai ser bom conhecer pessoas novas, um lugar novo.
- Eu não quero conhecer ninguém, quero voltar pra Manhattan, pra casa.
- Você está em casa agora.
- Não é minha casa, é apenas mais um lugar que eu vou ter que aprender a conviver, mesmo que eu não queira.
- Você vai se acostumar, eu sei que vai. A única coisa que é difícil, é ficar sem você.
- Por favor, pare. - Ela começara a chorar intensamente -
- Não chora, por favor amor. Vai dar tudo certo, eu prometo. - Seth tentou se manter sensato -
- Como pode prometer algo, que não vai poder cumprir Seth? - Ela não estara gostando do rumo que a conversa tomara -
- Se eu prometi, eu vou cumprir. Sempre cumpri com a minha palavra, não será agora que vou ser infiel aos meus atos.
- Você me conquista com suas palavras.
- São sinceras, por isso.
- Sinto sua falta, falta do seu abraço.
- Eu também, acredite. Preciso desligar, desculpa.
- Ok! Eu te amo.
- Também te amo amor. - Seth encerrara a conversa -
Aos poucos, Keth começara a se conformar com a ideia de morar em Nova York, mas não com a ideia de ficar longe de Seth, jamais. O frio tomara conta de sua casa, e a solução fora tomar uma boa sopa quente. Com a mobília instalada, a sala de jantar era muito bonita, com um candeladro de cristal, a mesa feita sob medida, as cadeiras com um estofado vintage, oito lugares, e uma poltrona para enfeite no canto do recinto.
O relógio do quarto de Keth marcava dez horas da noite. Seu pai já fora se deitar, e sua mãe estara terminando a louça. Ela se aprontou para dormir, e deitara em sua cama sob a luz do luar, que invadira com vontade seu quarto. Demorara a adormecer, pois as lembranças de Seth não a deixara em paz. Acordara no outro dia de manhã, não muito disposta, mas preparada para encarar uma nova situação em sua vida. Se vestira, tomara um copo de leite, e subira para arrumar seu cabelo, penteou seus finos e longos fios castanhos claros, arrumara sua franja com a chapinha, embora não precisasse, pois seu cabelo já era muito liso, e ajeitado. Passara um fino traço de lápis preto nos olhos, e descera para esperar seu pai. Fora até a escola, uma ambiente novo, moderno e bem planejado. Os portões davam acesso a um número muito grande de alunos, e as escadas eram largas e extensas. As salas de aulas eram equipadas com projetores, e lousas a caneta. Ar condicionado refrigerando a sala, ou melhor, esquentando a sala, para o conforto de muitos. Os professores são todos muito legais, porém, seguem a risca as regras da escola e cumprem fielmente o plano de aulas. Acabara sendo um dia legal para Keth, que fora bem recebida por Samantha e Jordan, seus companheiros de sala. Seu pai buscara cedo naquele dia, quando chegara em casa, colocou sua mochila sobre a cama, tomou banho e se trocou. Descera para almoçar, e se espantou com a presença de uma mulher, particularmente magra, por volta dos 1,50 de altura, cabelo castanho escuro, crespo, possuia a face de uma mulher pobre, porém muito humilde e bem educada, e foi realmente confirmado, depois de um pequeno diálogo entre elas.

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