Sensações magníficas invadiram seu coração e despertaram uma onda de larga calmaria. Ela não sabia como reagir, ou talvez soubesse, mas não se lembrara. Ela queria exalar essa felicidade, mas não podia ou não deveria.
Tudo o que passava à sua volta parecia ser um conto de fadas, mesmo que a realidade estivesse mais próxima possível dela. Ao olhar pro céu avistava nuvens com formatos diversos e uma aparência macia e fofa, os animais viviam em completa harmonia.
Lembrara-se de um momento não tão distante.
O céu era composto por uma pequena quantidade de estrelas, mas que brilhavam tão intensamente que cobriam a falta das demais. A lua invadia seus olhos como se estivesse a apenas um palmo de distância de sua face. As folhas secas de outono caiam levemente sobre o asfalto, quase se transformando em um desenho. As luzes dos postes pareciam diminuir sua luminosidade conforme eles se abraçavam. O banco branco não parecia mais claro, nem ofuscante que o sorriso dela. As flores pareciam não querer se fechar para poder observar, assim como eles, a noite mais bela de todas.
Nem tudo parecia tão perfeito, exceto pelo amor que exalava sem moderação de suas expressões. Nem que fosse um sorriso, um carinho, ou um beijo apaixonado.
As pessoas admirariam um momento esplendoroso como esse, se pudessem vê-lo. É como se o cheiro das flores não fosse tão delicioso como um carinho dele em seu rosto. Como se o brilho das estrelas, juntamente com o da lua, não pudessem ser mais ofuscantes do que o brilho do olhar alegre dela.
Nem tudo poderia ser perfeito pra sempre, mas seria bom enquanto durasse. Ela pensou nisso essa noite.
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