Ao chegar em casa, foi recepcionada por uma visita, que a esperava em seu quarto. Sem saber quem era ela subiu as escadas, fazendo o maior esforço possível, pois não tinha forças para se sustentar, segurando no corrimão feito sob medido, ela se apoiava.
Ao abrir a porta do quarto, ela não avistou ninguém, sentou-se na cama e esperou, pensou que seria um engano de Helen. Mas não era:
- Eu viajei milhas para chegar até aqui, você realmente precisa me ouvir Kethlyn Susan Hubermann!
- Seth? – Ela parecia muito surpresa em vê-lo. –
- Sim, mas, por favor, me escuta. – Ele deixara escorrer uma lágrima, enquanto ela sorria. –
- Ok, pode falar.
- Ela gosta de mim, ela me beijou. Eu não gosto dela, eu não queria beijá-la, você tem que acreditar em mim. Todos esses anos eu escondi um sentimento muito grande por você, e tive que ouvir você dizer que nós éramos apenas melhores amigos, os abraços que você me dera, as fotos que tiramos juntos, o painel que você montou, todos os aniversários que eu passei com você na praça, os shows que vimos juntos e os momentos mais bonitos, é serio, você não pode esquecer isso tudo, só por causa da Jennifer. Eu estou aqui, estou disposto a fazer o que for preciso para te ter de volta, mesmo que você só queira ser minha amiga. Eu não vou sair do seu quarto, enquanto você não dizer que acredita em mim. E se isso não for amor, desculpa, eu já não sei o que é!
Keth demorou a responder, ela não pode conter as lágrimas, as palavras de Seth eram o que ela realmente queria ouvir para confortar seu coração, o ciúme que ela estava sentindo e a raiva de Jennifer.
- Eu sinceramente, não sei o que dizer. Eu também gosto de você Seth, gosto mesmo. Mas eu achei que não seria certo desmanchar uma amizade tão grande e duradoura, porque eu gostava de você, as pessoas trocam de sentimento tão rápido, e eu jamais havia sentido isso antes, não sabia o que fazer. E quando você me disse que a beijou, eu não consegui continuar falando com você, eu só queria ficar sozinha, e lamentar por ter escondido o que eu sentia. Mas não há nada que possamos fazer agora, eu estou em Queens, e você em Manhattan, é impossível.
- Para o amor, nada é impossível. – Seth reanimara-a. –
- Isso é, estamos a milhas de distância, não tem como ser assim, desculpa.
- Tem sim, eu vou dar um jeito, vou convencer mamãe a vir para cá, nos mudarmos para bem perto de ti, eu não vou suportar ficar sem você amor.
Eles se beijaram, e foi um beijo tão apaixonado, que nada era mais bonito do que eles. A tarde passou, e eles ficaram juntos, conversando. Foi algo tão mágico, que não despertou fome em nenhum deles, como era sexta-feira, Jana e Joe convidaram-no para dormir lá, já que não seria uma boa ideia voltar sozinho, na tarde da noite. Cameron não viu problema, e concordou. Passaram a madrugada abraçados, lembrando dos bons momentos vividos em Manhattan, e toda a felicidade que um despertara no outro desde pequenos.
Talvez um romance estivesse começando, ou apenas tivesse sido aflorado por dois jovens que só estão aprendendo a amar. Só o tempo dirá se eles realmente foram feitos um para o outro, como eles deixam evidenciado, ou se é apenas uma paixão jovial, que acabará ao final da escola. Só eles sentirão como é, e agora, a mudança de Cameron e Seth estava prevista pra dali três semanas, e Kethlyn esperava ansiosamente para poder partilhar da vida agitada de Queens com seu mais nova namorado, e seu eterno melhor amigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário