30 de jul. de 2010
insatisfação virtual
eu dormi sonhando com você

Eu estava com o rosto colado à janela, minha respiração lenta, porém ofegante deixava-o embaçado. Eu estava observando o tempo, calculando qual seria a roupa apropriada pra vestir naquele sábado, no qual como sempre, eu aparentava frenesi.
Enfiei-me dentro de um vestidinho bege pálido, com três camadas, dando aparência de ser um saião, havia um cintinho marrom bem fino que o acompanhava, eu o amarrei na cintura, coloquei um peep toe marrom escuro aveludado (eu era bem baixinha, precisava de um incentivo para parecer maior, como sempre), terminei o make e joguei o cabelo pro lado, eu estava um pouco atrasado, mas isso era totalmente comum, e normal.
Cheguei ao Outback, os meninos e a Bianca já estavam lá. Cumprimentei todos, e me sentei ao lado do Guilherme e do Gabriel, pensando em dar lugar às meninas ao lado da Bi. Os minutos passavam vagarosamente no meu relógio de pulso, pareciam até seguir as batidas do meu coração, sem pressa.
As pessoas foram chegando a medida que o tempo começara a desejar se mover mais rapidamente, enfim, Pedro chegou. Ele cumprimentou a todos, sem exceção, antes de mim e parecera reservar o melhor beijo por último, “talvez seja o melhor beijo que ele deu, entre todas na mesa, mas fora no rosto” isso se passava demasiadamente em meu pensamento. Mas não se passara de mirabolantes ideias, ou pensamentos insanos.
Todos nós rimos, comemos e bebemos à gosto, de modo que não chegaríamos jamais, com fome em nossas respectivas casas. No final, alguns estavam meio desarmonizados com o cansaço, mas não deixei passar a chance de poder me acolher em seus braços, mesmo sabendo que poderia ser em qualquer abraço de lá. Não seria pra me gabar, ou tirar proveito, mas realmente todos os meninos que estavam conosco, já haviam pedido ou tentando, ficar comigo. Entretanto, eu realmente só queria os braços finos, e ao mesmo tempo calorosos e receptivos de Pedro.
Ele tinha os mais belos castanhos fios de cabelo, os olhos quase verdes bem arredondados, a boca perfeitamente em forma de coração, e o nariz levemente arrebitado. Estava usando as roupas mais fofas entre todos que nos acompanhava, pelo menos, eu acho.
Eu pegaria carona com a Bi, fora o que eu havia combinado, mas devido as circunstâncias dela levar o resto das meninas e o fato de eu morar totalmente fora de caminho, eu acabei tendo que ir com os meninos, no carro do Pedro. Seu pai fora extremamente educado, assim como o filho era comigo. Eu havia chegado em casa, muito bem por sinal. Todos me falaram tchau educadamente, pendurando seus lábios em minhas bochechas nem tanto rosadas, mas o último era simplesmente inesquecível, como sempre, eu dormi sonhando com você.
26 de jul. de 2010
24 de jul. de 2010
miss u, miss ur smile
A pior coisa pra se sentir nas férias bate forte em mim, a saudade. Eu simplesmente não sei o que fazer com isso, meu coração se sente tão apertado, como se meus órgãos tivessem o comprimindo. Eu só queria poder tirar isso de dentro de mim e aceitar facilmente, mas é como se eu pedisse pra não morrer, é algo que querendo, ou não, acontece.
Por mais que digam que a saudade é a prova de que valeu a pena ou que amamos alguém, não dá pra, do nada, engolir isso facilmente. É como se você pedisse pra nada de ruim lhe acontecer, é como se nada pudesse parar isso. Terrível, incomparável, ruim, doentio. Não tem nem palavras pra descrever a cabulosa sensação de morrer de saudades de alguém, tá eu usei uma hipérbole agora, não se tem como morrer de saudade de algo ou alguém, mas é como se fosse.
Agora, mais do que nunca eu só queria atravessar todas as ruas que nos distanciam, e te abraçar, com todas as minhas forças, não te largar nunca mais, simplesmente viver com você, de qualquer jeito, para sempre.
Eu não tenho muito que dizer, eu sinceramente só queria deixar escrito, em algum lugar por ai, que eu preciso curar essa dor, e dói demais. Só queria poder ter você aqui, agora. Amo você mais que tudo.
23 de jul. de 2010
no campo
Eu passeava por entre as flores mais coloridas do campo, havia rosas, jasmins e os que mais me chamavam atenção, girassóis. Era de tarde, o sol estava muito forte e meus olhos ardiam ao tentar erguer a cabeça. Ao longe eu notava vários trigos, balançando com a força do vento, e por entre eles eu avistava alguém, não pude reconhecer, estava de roupas escuras, porém, aparentava ser um menino.
Por um momento, hesitei, recuei e pensei até em voltar. Mas ele não mostrava ser ruim, na verdade, parecia até que estava fazendo o mesmo que eu, procurando um lugar pra sentar, pra pensar ou simplesmente passar o tempo. Nós trocamos alguns olhares mais de perto, ele vestia roupas escuras, entretanto, estava muito bem arrumado, parecia ter saído de um encontro, ou talvez estivesse indo pra um. Ele usava uma camiseta pólo azul marinho com um coroa e duas espadas a atravessando, bem no canto esquerdo, em cima do peito, um jeans intermediário, não tão apertado, e um tênis muito bonito, refinado.
Nós ficamos mais próximos um do outro, eu pude sentir seu cheiro extremamente sedutor e seus cabelos estavam bagunçados, mas isso o deixava mais bonito. Ele sorriu e parou, eu fiz o mesmo. Nossos olhares se cruzaram mais uma vez e sentamos um ao lado do outro. “como você se chama?” ele começou perguntando e começamos um pequeno e breve diálogo, quando chegamos a parte dos elogios, ele simplesmente me surpreendeu: “eu estava indo à um encontro, ela era simplesmente A menina pela qual eu daria a vida, então eu a esperei por duas horas no banco do parque, foi então que achei o caminho até aqui, eu simplesmente queria chorar sozinho, sem ter meus irmãos ou meu pai pra enfatizar ainda mais meu aborrecimento. Foi então que eu cruzei com você, eu achei uma menina tão bonita quanto aquela de hoje cedo. Seu cheiro, seu rosto, seus olhos, sua boca, você simplesmente me encantou. Eu nunca havia acreditado em paixão a primeira vista, mas acho que posso dizer que acredito agora. Foi a melhor sensação da minha vida, você já sentiu isso?” e então eu chorei,me lembrei de como eu poderia ser feliz com alguém que me amasse assim, e lembrei do meu ultimo romance, nem tão agradável assim.
Eu o olhei por inteiro, e quando pensei em algo pra dizer, ele me calou. E não foi com o seu dedo indicador perfeitamente alinhado, ou com algum sussurro, fora apenas com a sua hipnotizando e deliciosa boca. Eu só queria poder encontrar um desses todos os dias.
14 de jul. de 2010
crescer, querido diário I
---x postagem dupla, com continuação.
Ela queria crescer, queria ser independente de seus pais e fazer tudo sozinha. Queria não ouvir mais broncas por não ter feito uma lição, queria poder pegar seu cartão de crédito na hora que a atendente do caixa perguntasse a forma de pagamento, mas ela sabia que demoraria um bocado pra isso acontecer.
Mas finalmente aconteceu, começou pelo menos, ela tinha 16 agora. Podia ir aos bares mais badalados da cidade, às boates mais lotadas, era tudo uma questão de impressão, ela tinha dezesseis, mas aparentava dezoito.
Quando somos jovens, sempre queremos aparentar mais idade do que realmente temos, é sempre bom, ajuda bastante pra entrar em locais digamos que “meio proibidos” pra nós, mas como sempre, conseguimos.
Ela sempre quis entrar naquele barzinho que o Pedro falava que era legal, mas ela não podia, então agora ela se arruma, coloca uma saia alta preta, uma regata branca e váaaarios acessórios, lota o rosto de maquiagem, muito blush, um traço forte de lápis e uma sombra mais adulta, e não tão feminina como costumava passar a uns meses atrás. Seca os lisos e pesados fios castanhos alourados, e joga o cabelo pro lado, ela agradecia por poder simplesmente fazer isso com seu cabelo, enquanto muitas de suas amigas teriam de passar chapinha, não que ela não passasse, apenas na franja é claro.
Os dias passaram mais rápidos e ela finalmente conseguia fazer o que queria, o que desejava, programa viagens para apartamentos de praia dos amigos, acampamentos, viagens pra fora do país, agora ela sentia mesmo na pele o que era assumir seus, no mínimo, dezesseis. Mas com mais liberdade, vinha também mais responsabilidade, ninguém pode negar que essa é uma idade perigosa e muito comum pra se pensar em sexo, mas isso não entrava na SUA cabeça, mas acredite, os meninos dessa idade pensam completamente diferente do que eles pensavam quando tinham um ou dois anos atrás, mesmo se fazendo de adultos, a moral ainda não existe na hora “H”.
Agora era diferente, ele a beijaria, seriam fofo e algum instante depois, a levaria pra cama, um descuido se quer e daqui a 9 meses ela não seria mais a mesma. Não posso negar e nem esconder, todos nós, a partir dos quatorze anos, já se imagina no exato momento, fala sério, nossos pais nos fizeram assim, uma hora ou outra, nós estaremos fazendo isso também, com a intenção voluntária, ou infelizmente, involuntária.
Não que seja obrigatório, não, muito menos necessário pensar nisso, se você nunca pensou, tudo bem, não se ache atrasado ou qualquer coisa do tipo, você está mais certo do que aqueles da sua turma que acham que tem idade suficiente pra levar alguém pra cama e depois que a engravidam, não se lembram do porque fizeram isso, é claro, esses são os mais ridículos de todos, não merecem nem lamentação, só tenho dó de como essa criança vai crescer.
Uma viagem longa pra fora de casa e por dentre apartamentos e casas noturnas de shows, ela crescia um pouco mais mentalmente, mas seu corpo também queria crescer. Seus seios pareciam maiores e ela achava necessário um novo tamanho de manequim, suas pernas se alongaram, seu bumbum já era mais do que palpável, para os meninos é claro.
Ela tinha um diário pessoal ainda, não sabia como se livrar daquele maldito caderno estilo americano com as linhas bem desenhadas, ela achava aquilo um pouco demais pra sua idade, mas continuava a escrever tudo, assim que encerrava seu dia, preparava-se pra dormir e antes mesmo de adormecer, não posso dizer que escrevia os melhores momentos, porquê talvez eles fossem ruins, mas escrevia os mais importantes pra serem lembrados sem se esquecer de nenhum detalhe:
“Querido, ou nem tanto, diário.
Hoje eu e a Megan fomos pra uma boate, lá era muito legal e tinha muitos meninos bonitos, acredite, eu não estou tão velha pra “paquerar” como dizem meus pais, eu só queria me divertir. Eu pedi uma dose de wisky e o rapaz que estava ao meu lado pediu uma também, juntamente com a minha, ele disse pagaria depois. Nós fomos dançar juntos enquanto a Meg estava encostada em algum lugar com o Billy. Nós dançamos e no final sentamos pra conversar no balcão, o nome dele é Simon e ele tem 17 anos, ele está na faculdade e trabalha no restaurante do tio em alguns dias da semana, até me convidou pra ir lá um dia. Isso me pareceu muito gentil e legal, vou contar do físico, e quuuuuue físico que ele tinha. Ele não era tão alto, devia ter entre 1,75 e 1,80, olhos verdes, cabelo castanho e muito bíceps, meu deus que braços eram aqueles? *-* Ele pagou nossos drinques e fomos pro hotel, a Meg ia pra casa do Billy hoje a noite, eu nem vou falar nada sobre isso, você já deve imaginar não é mesmo? Enfim, estava chovendo e nós não tínhamos muita opção, fomos na chuva mesmo, chegando lá ele me emprestou uma camisa dele e tomamos chocolate quente com chantilly, e que por sinal estava muito saboroso. O pior de tudo foi que depois do chocolate, eu fui ver o quarto dele, super arrumadinho, muito bonito e ele tem cara de bem estudioso, haha, mas eu me deitei na cama dele, estava cansada demais pra me manter em pé, e quando acordei, fui me lembrar de tudo: nós tomamos uma garrafa inteira de champagne, eu estava com muita dor de cabeça pra negar isso, e eu estava sem roupa, absolutamente sem roupa, se é que me entende! DDDDDDD: eu estou desesperada, não sei o que eu faço, eu não consigo me lembrar se ele usou ou não camisinha, eu não tenho o telefone dele, eu nem sei como cheguei até em o hotel e como estou usando um suéter preto e meu jeans quase favorito, isso era quase impossível de lembrar, eu já tomei remédio e estou esperar a camareira arrumar o quarto, eu vou pedir o almoço aqui mesmo, não estou com muita cara pra ir até o restaurante. Hoje a noite eu vou pedir pra Meg me acompanhar até o restaurante do tio dele e vou ver se o encontro lá, eu preciso falar com ele. E não posso negar, ele é realmente irresistível. Vou parar por aqui, antes que eu me lembre de algo que nem você deve saber, acredite, estou pasma até agora.”
11 de jul. de 2010
isn't correct
Algumas palavras precisavam ser trocadas pra que, talvez, tudo ficasse correto. Ela estava debruçada em sua cama, olhando para o teto como se ele contivesse estrelas brilhando, pegou o celular em cima da sua mesa de cabeceira, digitou os números decorados à meses do celular dele e aguardou, leu novamente o que digitara, olhou pro botão “send”, e fez isso mais duas vezes, incompreensível e aflita. Não pode resistir, ela precisava tentar, ao menos uma ultima vez, mesmo que fosse em vão, todos merecemos tentar, isso é humano não é mesmo?
A chamada estava apenas começando, o celular dele vibrara em cima de sua cama, no hotel, ele estava lavando o rosto, enxugara o rosto e caminhara rapidamente até chegar lá, vira o nome dela no visor de seu celular, o segurou com força entre seus dedos alongados e finos, olhou uma vez para cada opção: “atender”, “ignorar”. E resolveu atender, ele no fundo, queria ouvir o que ela tinha a dizer.
- Alô?
- Oi, desculpa estar ligando, seria melhor eu desligar! – ela se agitou.
- Não, espera.
- O que foi?
- Você me ligou! Você quer falar algo pra mim, pode falar. – ele parecia compreender ela, ou pelo menos fingia muito bem.
- Não é nada, pode ir, mesmo.
- Fala!
- Olha, eu sinto muito a sua falta, eu preciso de você aqui comigo de novo, preciso de você me abraçando mais uma vez, dizendo que vai ficar tudo bem, mentindo ou me fazendo rir, eu preciso que você volte, eu NECESSITO de nós juntos novamente. – ela soluçava entre as palavras, e suas lágrimas começaram a pingar em sua camiseta rabiscada.
- Nossa, eu... – ele parecia mentalmente, e fisicamente assustado e sem ação.
- Espera! Eu não terminei ainda.
- Tudo bem, continue.
- Eu sempre gostei de você, desde o maternal, desde quando eu sentia dor de dente porquê eles estavam nascendo, desde que você jogava tinta em meu uniforme e não há razão maior pra você ficar perto de mim, do que eu precisar de você pra viver, pra ser feliz. Acho que, terminei.
- Me desculpe, eu não tenho o que dizer, de verdade.
- Não diga nada, simplesmente entenda e desligue em minha cara, seria uma atitude normal, eu entenderia.
Ela se levantou, sentou no canto do seu quarto, segurou o telefone com força, cruzou as pernas e as segurou, ela sabia que não adiantaria nada aquilo.
- Eu estou viajando daqui a pouco, chego ai de noite. Meus pais anteciparam a volta, eles têm um compromisso.
- Isso é bom, eu acho.
- Fique tranqüila, eu só lhe peço isso, por favor, se acalme. À noite eu falo com você, preciso fechar as malas, um beijo.
O telefone fora desligado, e as lágrimas chegavam até o tapete, dessa vez.
As horas passaram lentamente, o sol ia abaixando sua intensidade, até não ser visto mais, dando lugar a uma lua brilhante e redonda, bem no alto do céu.
Eram oito horas da noite, sua mãe batera na porta e a chamara.
- Desce que tem alguém querendo falar com você, rápido, e limpa esse rosto!
Ela não fazia idéia de quem fosse, limpou o rosto e desceu as escadas rapidamente. Abriu a porta e não encontrou ninguém, foi andando pelo jardim e viu alguém de costas, com um jeans bonito, tênis da Oasklen, capuz cinza. Foi até lá, com receio.
- Oi?
Ele se virou, a assustando. Sentaram-se sobre a grama fofa e gelada e se encararam por alguns segundos.
- O que veio fazer aqui?
- Eu vim conversar com você, acertar tudo entre nós, era necessário.
- Tudo bem, mas já é de noite e você acabou de chegar de viagem.
- Eu não me importo. – ele a beijou rapidamente pra calar qualquer palavra próxima.
- Por que fez isso, quer me ver sofrer mais do que já estou? – uma lágrima escorreu, involuntária.
- Porque eu gosto de você e eu também senti sua falta e meus pais não estão aqui, eu vim sozinho, eu pedi pra minha mãe, eu disse que havia milhares de problemas aqui e ela autorizou minha volta adiantada, pediu pra minha avó ficar comigo enquanto eles não chegam, eu vim por você, por favor, não fique brava, é bem típico seu. – ele limpara a lágrima dela.
- Eu não vou ficar brava, mas você se precipitou, isso foi errado.
- Eu não me importo, eu quero você e quero agora.
Ele avançou para beijá-la, mas ela recuou.
- O que foi? O que aconteceu dessa vez?
- Eu te amo, muito. Eu quero você, muito também. Mas eu não posso fazer isso de novo.
- Isso o que?
- Ficar com você!
- Mas por quê?
- Porque é sempre igual, a gente fica, você diz que me ama, eu fico esperando você e nada acontece. Você pede desculpas, eu aceito, digo que te amo, a gente fica de novo, É SEMPRE ASSIM, EU NÃO SUPORTO ISSO, NÃO QUERO ISSO PRA MIM.
- Mas você me quer.
- Eu quero, mas eu prefiro não te ter, a ter você assim novamente.
Ela se levantou, correu em direção à porta e a bateu. Foi para seu quarto e não fazia idéia do que estava acontecendo, não mesmo.
9 de jul. de 2010
reception
Ela precisava de palavras que a confortasse, mesmo que não passassem de puras e irrevogáveis mentiras, é.
Os dias iam passando e a sua necessidade aumentava conforme o céu escurecia e ocultava a luz do sol, ela precisava cada segundo mais de um conforto, seja qual for. Era como um eclipse, a escuridão excluía o lugar da luz, ela estava precisando de alguém para acender um fósforo ao seu lado.
Do lado de fora de sua casa, sua mandíbula tremulava e seus dentes se acirravam a cada lance de ventos. As palavras pareciam chegar, finalmente, atravessando a rua. Elas estavam ocultas por detrás de um capuz azul marinho fofo e um jeans rasgado na coxa direita, seus olhos verdes tinham uma pequena intensidade perto de suas demais características, mas não ultrapassavam o brilho do seu sorriso, que mesmo enfrentando um frio gelado, permanecia em sua face.
Ao sentar ao lado dela, confortara primeiramente com um abraço caloroso, mas não parecia o suficiente, ela precisava e QUERIA mais.
- Eu não sou boa o suficiente pra merecer o que está fazendo por mim, não precisa ficar aqui. – seus olhos pesaram com lágrimas.
- Não estou fazendo pelo seu merecimento, eu quero estar aqui, fazendo isso ao seu lado.
- Mas por quê?
- Eu não preciso de porquês, você precisa de conforto, você precisa de mim!
- Eu não posso e nem vou negar.
E como sempre, depois de sofrimento, ela se calara com um beijo terno dele. Era mais uma historinha que eu podia criar, é romance, não tem como negar.