14 de ago. de 2010

era tudo em minha mente

Eu precisava de um tempo pra processar todas as informações recentes, os desacordos e as idas e vindas feitas. Necessito de um tempo para realizar – pensei.

Quando eu me sentara no extenso e aconchegado gramado, com uma fina camada que ainda restara do orvalho, eu me lembrava da sua imagem, como um espaço vago e intolerável no meu coração, uma memória sem força, uma fina linha destruída.

O céu estava consideravelmente bonito naquela tarde, o sol não brilhava tanto, as nuvens brandas e deformadas o cobriam, mas não o impossibilitavam de chegar até mim, por algum raio fino, curto.

O nosso último momento cercava meus pensamentos. Seu toque, seu cheiro, o sabor incontestável do seu beijo, o abraço confortante, sua voz invadindo meus ouvidos, era tudo em minha mente, e de lá não sairia jamais.

Mas como nem tudo é perfeito, eu infelizmente me lembraria da parte ruim de tudo isso. Você deixando uma única densa e salgada lágrima escorrer pela minha quente e avermelhada bochecha, o último selar dos nossos lábios, você dizendo que não queria, mas teria de partir. Isso só fez com que mais lágrimas rolassem pelo meu rosto, incontroláveis. Perdoe-me por amar você.

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